BLACK SABBATH (1970)
Lista de temas
1. Black Sabbath
2. The Wizard
3. Wasp, Behind The Wall Of Sleep, Bassically, N.I.B.
4. Wicked World
5. A Bit Of Finger, Sleeping Village, Warning
6. Evil Woman (Bonus Track)
PASS : fender
Sexta-feira, dia 13 de fevereiro, era lançado o primeiro disco do Sabbath. Gravado em apenas três dias pela módica quantia de seiscentas libras. O debut do Sabbathzão continha o embrião daqueles riffs que viriam a sedimentar o que se chamaria de “Heavy Metal”. Na mesma época, o Deep Purple deixava de lado a psicodelia de seus primeiros álbuns, gravando o clássico “In Rock”, e o Led Zeppelin já estava em vias de lançar seu terceiro disco. Tudo no primeiro disco do Sabbath chama a atenção: a bruxa misteriosa da capa, o crucifixo invertido na contracapa original, as canções lidando com temas obscuros e “satanistas” e o peso-bluesy-monstro da guitarra de Tony Iommi, aliado às linhas perfeitas de baixo de Geezer Butler, a bateria trovão de Bill Ward e, é claro, a inconfundível voz de Ozzy Osbourne. Conhecidos por serem uma banda “barulhenta” (reza a lenda que o Sabbath aumentava o volume durante shows para que o pessoal deixasse de conversar para prestar atenção), este disco foi alvo de críticas ferrenhas pelas revistas especializadas na época, que os chamaram de “bandeca” para baixo. Fato é, “Black Sabbath” (com sua introdução arrepiante de chuva e o riff poderoso de Iommi), “The Wizard” (cheia de quebradas em seu andamento e Ozzy mandando ver na harmônica), “Behind The Wall Of Sleep”, “N.I.B.” (com direito a introdução com solo de baixo), “Evil Woman” (cover), “Sleeping Village” (com clima ‘faroeste’ no começo), “The Warning” (cheia de improvisações e um solo arrasador de Iommi) e “Wicked World” (canção do primeiro single junto com ‘Evil Woman’), fazem história até hoje. Ainda não é o Sabbath “definitivo”, mas a semente estava lançada.
PARANOID (1970)
Lista de temas
1. War Pigs / Luke’s Wall
2. Paranoid
3. Planet Caravan
4. Iron Man
5. Electric Funeral
6. Hand Of Doom
7. Rat Salad
8. Jack The Stripper / Fairies Wear Boots
PASS: fender
Passado um ano, o Sabbath lança “Paranoid”, um disco considerado por muitos fãs como o melhor da carreira do quarteto britânico. Novamente, a crítica passa de rodo por cima da banda, chamando-os de bobos e ridículos. “Paranoid” talvez seja “o disco perfeito”, pois todas as canções são clássicos absolutos do heavy metal em geral (bem como o próximo álbum). Da canção anti-guerra “War Pigs” (já vi muita gente achando que essa música era do Faith No More, chegando ao cúmulo de ouvir a versão do Sabbath e dizer a pérola: “dã, que legal, ó os caras tocando Faith No More”... sim, eu já ouvi isso), passando pela espacial “Planet Caravan”, às peso-pesadas “Iron Man” e “Electric Funeral” e desembocando em “Hand Of Doom” (baixão de Geezer fazendo história), a instrumental “Rat Salad” e a maravilhosa “Fairies Wear Boots” (que conta a história de um roubo que a banda sofreu pelos punks londrinos), o Sabbath põe de vez sua marca no universo do rock’n’roll. Deixei a faixa título de fora de uma primeira análise por um motivo: “Paranoid” é, com quase absoluta certeza, a marca registrada da banda. Pergunte para qualquer um, ou melhor, mostre a música para qualquer pessoa que não conheça a banda e ela dirá, com certeza, “Muito bom!! Quem é?” ou “Já ouvi isso, muito legal!”. A faixa título é referência para o heavy metal, é referência para o rock pesado. Criada a partir de um ensaio, a banda terminou de escrever a música enquanto a tocava, e gravaram no mesmo dia. “Paranoid” foi o primeiro top ten single da banda. Tudo o que vem a se tornar clássico no rock’n’roll é assim: não precisa de muita lapidação, senão estraga (vide “Smoke On The Water”, outro bom exemplo de um riff tecnicamente ridículo, mas que pouquíssimos têm a capacidade de criar).
MASTER OF REALITY (1971)
Lista de temas
1. Sweet Leaf
2. After Forever
3. Embryo
4. Children Of The Grave
5. Orchid
6. Lord Of This World
7. Solitude
8. Into The Void
PASS: fender
O terceiro do Sabbath veio para demarcar de vez seu território. “Master Of Reality” é uma aula de como fazer riffs perfeitos. Qualquer guitarrista que pretenda fazer som pesado, seja qual estilo for, de alguma forma é inspirado por Tony Iommi, e neste disco o rapaz está pegando fogo. Da tosse inicial e do riff memorável de “Sweet Leaf”, passando pela pesada “After Forever”, a mini-intro “Embryo” emendada em “Children Of The Grave” (ouça qualquer banda stoner e reconheça o andamento desta música em TODAS elas), às poderosas “Lord Of This World” e “Into The Void”, e a viajandona “Solitude” (que ao contrário do que muitos pensam, não é cantada por Bill Ward), o Sabbathzão está em sua melhor forma. Não é por menos que este disco é o mais coverizado pelas bandas. Todas as suas músicas já passaram por mãos de gente como COC, Kyuss, Monster Magnet, Biohazard, Cathedral, White Zombie e etcs. Curiosidade: este foi o primeiro álbum bem recebido pelo público, principalmente pelos fãs do Led Zeppelin, que estavam desapontados com o terceiro álbum da banda, mais acústico e menos pesado.
BLACK SABBATH VOL. 4 (1972)
Lista de temas
1. Wheels Of Confusion / The Straightener
2. Tomorrow’s Dream
3. Changes
4. FX
5. Supernaut
6. Snowblind
7. Cornucopia
8. Laguna Sunrise
9. St. Vitus’ Dance
10. Under The Sun / Everyday Comes And Goes
PASS: fender
Digam o que quiserem, mas “Vol. 4” é o melhor disco do Sabbathzão na minha opinião. A banda está muito mais madura que em “Master” e melhor resolvida em termos de arranjos e estilo que os demais. É um divisor de águas para a banda. As gravações foram conturbadas, tendo o lançamento adiado devido a problemas de saúde com Bill Ward e um problema de laringite de Ozzy. O quarteto estava cansado das constantes turnês e viagens. Sem falar no fato de que o consumo de drogas estava cada vez maior entre seus membros. “Vol. 4” é um álbum “conceitual”, pois cada faixa fala sobre uma droga específica ou seus efeitos... por bem ou por mal, seja qual for sua orientação sobre o assunto, é um clássico, e talvez o disco mais respeitado pelos fãs. As gravações se deram na Inglaterra e terminaram em Los Angeles. Inicialmente se chamaria “Snowblind”, mas o título foi vetado pela gravadora devido a sua associação direta com a cocaína, sem falar na sacanagem na dedicatória do disco, que foi limada de suas versões posteriores: “We wish to thank the great COKE- Cola Company of Los Angeles”. Buenas, mas e o disco? Pois bem: “Wheels Of Confusion” abre já com um solo bluesy de Iommi, seguido de uma rifferama pesadíssima em três partes: as estrofes, parte do meio rápida e final apoteótico com direito a órgão Hammond. “Tomorrow’s Dream” foi o primeiro single deste disco e mostra o velho Sabbath de sempre. Aí vem o problema, “Changes” o único sucesso comercial da banda. “Changes” é uma baladona: pianinho, orquestrada e com Ozzy quase chorando a letra... muitos odeiam, muitos amam, e não é muito incomum você colocar numa rádio daquelas onde Richard Clayderman é rei e ouvir esta faixa. Desnecessária na minha opinião, mas importante dentro do contexto da época. Na seqüência, meio que parecendo um pedido de desculpas por “Changes”, vem “Supernaut”, uma porrada na cara com batidas tribais no meio. Virando a bolacha vem a já citada “Snowblind” (perfeição de música), a meio-meio “Cornucopia”, a instrumental “Laguna Sunrise” inspirada na praia de mesmo nome nos EUA, a rápida e certeira “St. Vitus Dance” e o final maravilhoso com “Under The Sun”, onde Ozzy já prevê seu futuro quando canta “I don’t want no Jesus freak to tell what is all about... I don’t want no preacher telling me about the God in the sky”. Foi agendada a gravação de um disco ao vivo nesta turnê, mas a banda nunca lançou oficialmente até o duplo “Past Lives” de 2002, cujo primeiro disco havia sido lançado como “Live At Last” (mais comentários adiante). Tudo parecia bem... parecia?
SABBATH BLODDY SABBATH (1973)
Lista de temas
1. Sabbath, Bloody Sabbath
2. National Acrobat, A
3. Fluff
4. Sabbra Cadabra
5. Killing Yourself To Live
6. Who Are You?
7. Looking For Today
8. Spiral Architect
PASS: fender
1973 foi o ano mais parado para o Sabbath. O cansaço que já os dominava à época do lançamento do “Vol. 4” deixou os membros da banda em casa, descansando durante maior parte do ano. Porém, em dezembro a banda quebrou o silêncio lançando aquele que seria chamado “o seu ‘White Album’ (Beatles)”, ou “o novo ‘A Night At The Opera’ (Queen)”. Sabbath Bloody Sabbath trouxe a “sofisticação” que os críticos tanto reclamavam que faltava ao grupo, mas ainda assim não foi aclamado por todos. As gravações se deram num castelo na Inglaterra, que juram os membros da banda ser assombrado... lembre-se que nesta época o consumo de drogas entre os quatro era gigantesco e todos já haviam desenvolvido alcoolismo nos mais altos padrões médicos. A faixa título abre o disco também com um dos riffs mais importantes do heavy metal/heavy rock, tão simples e perfeito como “Smoke On The Water” ou “Sunshine Of Your Love”. “A National Acrobat” segue numa batida mais moderada, culminando num poderoso rock’n’roll. A instrumental “Fluff” dá um ponto médio para a banda entrar de sola em “Sabbra Caddabra”. “Killing Yourself To Live” (uma das melhores do disco na minha opinião) abre o lado B, seguida de “Who Are You”. Reza a lenda que Spock Wall era Rick Wakeman, e que este nunca havia tocado no Sabbath. Porém, Rick tocou sim no Sabbath, mas apenas nesta faixa (que por sinal, é só aquele tecladão). “Looking For Today” e “Spiral Architect” fecham a bolacha com classe, porém, cá entre nós, são duas canções medianas, para não dizer medíocres. Ainda, durante a turnê deste álbum, a banda participou do festival California Jam, junto com Deep Purple, ELP, entre outros. A banda somente participou deste concerto porque caso contrário teria que pagar uma indenização de $100.000 dólares. O Sabbath não queria fazer parte porque estavam de férias das turnês e não queriam estar naquele ambiente de rivalidade violentíssima em que os demais conjuntos se encontravam. Se “sofisticação” era a palavra usada para descrever o disco por críticos, “covardia e bunda-molice” eram as palavras que os fãs mais ardorosos usaram para falar de “SBS”. O excesso de produção e teclados/sintetizadores fizeram com o Sabb perdesse o respeito de vários fãs indignados com a falta de peso e riffs.
SABOTAGE (1975)
Lista de temas
1. Hole In The Sky
2. Don’t Start (Too Late)
3. Symptom Of The Universe
4. Megalomania
5. Thrill Of It All, The
6. Supertzar
7. Am I Going Insane (Radio)
8. Writ, The
PASS: fender
Muita água rolou depois de SBS. A estafa batendo forte, a falta de paciência, o alto consumo de drogas e álcool começaram a desencadear brigas cada vez maiores entre os membros do Sabbath. Antes do lançamento de Sabotage, rumores davam conta que os integrantes lançariam álbuns solo, para espairecer um pouco, quando na verdade a banda se preparava para lançar seu disco mais pesado desde “Master”. “Hole In The Sky” e “Sympton Of The Universe” metem o pé na porta e destróem a imagem de “bunda mole” que SBS deixou nos fãs. Riffs em profusão, baixão peso-pesado, bateria na cara e Ozzy soltando a voz com toda a força fizeram o deleite daqueles que haviam perdido as esperanças de verem o Sabbathzão de volta às suas raízes. “Megalomania”, com seu começo psicodélico e final rockeirão fechavam a primeira parte do disco. O que se houve depois é uma banda meio perdida. “Thrill Of It All” é boa, mas só isso, hard rock na medida certa. “Supertzar” instrumental mezzo-medieval usada pela banda como intro de seus shows desde então e a legalzinha “The Writ”. Deixei de fora “Am I Going Insane (Radio)” por uma razão específica. O fã dos riffs que os abandonou durante SBS teve todo o motivo do mundo para duvidar da banda ao ouvir esta faixa. Até Ozzy, depois de alguns anos reclamou da inclusão desta faixa, por acha-la “ridícula e frustrante”. Digam o que quiserem, mas “Am I Going Insane” foi a música mais comercial do quarteto até então (não colocando em discussão “Changes”, é claro). Uma turnê de muito sucesso ocorreu nos EUA nesta época, mas a banda se viu frente-a-frente com um problema: algumas das faixas se tornavam complicadas demais para serem reproduzidas ao vivo, junte a isso a insatisfação de Ozzy com os acontecimentos recentes da banda (ele reclamava do tempo gasto em estúdio, pois o primeiro disco foi gravado com apenas 600 libras e em três dias, e Sabotage levou um ano de produção) e bum! Começaram a guerra de egos e diferenças de opinião...
TECHNICAL ECSTASY (1976)
Lista de temas
1. Back Street Kids
2. You Won’t Change Me
3. It’s Alright
4. Gypsy
5. All Moving Parts (Stand Still)
6. Rock N’ Roll Doctor
7. She’s Gone
8. Dirty Women
PASS: fender
Gravado nos estúdio Criteria em Miami, o sétimo disco do Sabbath pode ser descrito como um dos piores da era-Ozzy. Produção horrorosa, capa horrorosa (de Georgie Hardie, conhecido por seus trabalhos com Pink Floyd, Led Zeppelin, entre outros), canções sem inspiração e brigas internas cada vez piores davam o tom da época. Apesar da banda ter alcançado o disco de platina com Technical Ecstasy, tudo estava ruindo internamente. Ozzy deixava bem claro sua total insatisfação com os rumos musicais e ditatoriais de Tony Iommi (dizem que este disco foi feito apenas para provar que Iommi sabia tocar outra coisa que não “riffs macabros”). “Backstreet Kids” (mais pesada) abre a bolacha seguida de “You Won’t Change Me” (uma das melhorzinhas, se não fosse a produção que limou o peso) e da balada “It’s Alright” (esta sim cantada por Bill Ward). “Gypsy” e “All Moving Parts” são apenas encheções lingüiça, “Rock’N’Roll Doctor” pode até agradar alguns com seu rockinho básico, mas “She’s Gone” é simplesmente insuportável, um clone de “Changes” que saiu pela culatra, o que nos leva a “Dirty Women”, essa sim a melhor do disco inteiro, rockão dos bons. Fatos: Ozzy caiu fora do Sabbath... Dave Walker (Savoy Brown) chegou a tomar seu lugar, inclusive gravando um especial na BBC cantando “Junior’s Eyes”, que sairia no próximo disco “Never Say Die”, mas foi chutado rapidinho, pois todos queriam Ozzy, e não um sujeito sem sal. Com medo de perder o que já havia conquistado, Iommi engole o orgulho e chama Ozzy novamente. Como se ainda adiantasse alguma coisa...
NEVER SAY DIE (1978)
Lista de temas
1. Never Say Die
2. Johnny Blade
3. Juniors Eyes
4. Hard Road
5. Shock Wave
6. Air Dance
7. Over To You
8. Break Out
9. Swinging The Chain
PASS: fender
Se Technical Ecstasy já ocupava o posto de uma das piores capas de todos os tempos, o que se dirá de “Never Say Die”, que mais parece um pirata de quinta categoria? Com Ozzy de volta, a banda foi pro Canadá gravar mais um álbum de estúdio, frustrando as expectativas dos fãs que queriam um ao vivo. Mais dissabores, flertes com jazz, experimentalismos bobos e falta de pegada frustraram Ozzy novamente, mas desta vez o rapaz deu uma segunda chance e gravou o disco inteiro, mais porque a banda completava dez anos de estrada e a turnê seria comemorativa do que por qualquer outra coisa. A faixa título pode não ser das mais importantes da carreira do conunto, mas com certeza é melhor do que Technical Ecstasy inteiro e levou a banda a participar do Top Of The Pops na Inglaterra, numa apresentação memorável, com playback e tudo. “Johnny Blade” era fraquinha, “Junior’s Eyes” continha alguma coisa boa, mas muito pouco, “A Hard Road” foi lançada como single, mas não obteve nenhum resultado. “Swinging The Chain” (cantada por Bill Ward) e “Air Dance” eram os motivos das maiores chacotas por parte de Ozzy e de muitos fãs. Além de todos os problemas, nos shows algo a mais acontecia. O iniciante Van Halen foi escolhido para excursionar e abrir as datas no Hammersmith Odeon (um destes shows foi gravado e lançado como home vídeo) em Londres, e Eddie Van Halen e sua trupe roubavam a cena todas as noites. Muitos iam embora após a apresentação do quarteto americano deixando o Sabbath de lado. Então, finalmente em 1979, Ozzy deixa de vez o Sabbath e iniciando sua carreira solo com Blizzard Of Ozz junto de Randy Rhodes. Geezer Butler chegou a anunciar sua saída, mas voltou atrás após sucessivos pedidos de Tony Iommi. Era hora de acabar ou de mudar?
HEAVEN AND HELL (1980)
Ainda em turnê com Never Say Die, antevendo a saída de Ozzy,Tony já pensava em um substituto para o posto de vocalista. Em 1979 foi chamado Ronnie James Dio, vocalista do Rainbow de Ritchie Blackmore e ex-ELF. Baixinho, parecido com uma bruxa, mas dono de uma voz potente, Dio era o que o Sabbath precisava naquele momento, alguém que não levantasse comparações com Ozzy. Mas não foi bem o que aconteceu. Por mais que Dio seja um grande vocalista, nunca superará o carisma do vocalista original do Sabbath. Comparações vieram aos montes, todas acusando a banda de manterem um cavalo morto andando, pois sem Ozzy o Sabbath não era nada. Críticas à parte: Heaven And Hell é um ótimo disco, que mostra o Sabbath explorando uma nova faceta. Se antes a banda pendia mais para um blues pesadão, transformou-se naquilo que se entende por heavy metal, talvez por conta da produção direta de Martin Birch (Iron Maiden, Deep Purple entre outros). Neon Knights abre já com um riff reto e certeiro de Iommi e com a letra “Oh No, Here It Comes Again...”, seguida da lenta e pesada “Children Of The Sea”, a rocker “Lady Evil” e a maravilhosa (sim, maravilhosa) faixa título, talvez o grande marco da passagem de Dio pelo Sabbath. Já o lado B do disco não importava tanto, pois “Wishing Well” é um rock bacaninha, “Die Young” é ouro, grande canção, mas perdida no meio de “Walk Away” e “Lonely Is The Word”, duas canções legítimas representantes da categoria “encheção de lingüiça”.
MOB RULES (1981)
Lista de temas
1. Turn Up The Night
2. Voodoo
3. Sign Of The Southern Cross, The
4. E5150
5. Mob Rules, The
6. Country Girl
7. Slipping Away
8. Falling Off The Edge Of The World
9. Over And Over
PASS: fender
Segundo álbum de estúdio com Dio. Mal sabia a banda que também seria o último nesta época. Durante a excursão de “Heaven And Hell”, Bill Ward se retira da banda, alegando problemas pessoais. Na verdade, o baterista estava passando por uma fase braba de alcoolismo e não conseguia mais se manter em pé direito. Bem como, nunca foi novidade para ninguém, que Bill Ward semmpre se sentiu mal com a saída de Ozzy. Segundo entrevistas, ele foi “coagido” por Tony Iommi a dar a notícia da demissão do ex-vocalista, ficando assim como o “malvado” na história. Enfim, Vinnie Appice (irmão de Carmine Appice, grande baterista que tocou com Cactus, Beck, Boggart, Appice e Vanilla Fudge)substituiu Ward, com sua pegada forte e mais reta. Os fãs do conjunto diminuíram muito com a saída de Ozzy, mas “Mob Rules” trouxe vários de volta. Não tão produzido quanto “Heaven...”, mas com músicas pesadíssimas como a faixa título, “Turn Up The Night”, “Voodoo”, “The Sign Of The Southern Cross” (doomzão!) e a quebrada “Slipping Away” (lembrando muito Zeppelin). Nesta época ocorreu a famosa tour contanto com o Sabbath e o Blue Oyster Cult, idéia de Sandy Pearlman, que empresariava ambas as bandas. Os integrantes do Sabbath tiveram a impressão que esta turnê serviu apenas para ajudar a outra banda. Brigas também começaram a aparecer entre Iommi e Geezer contra Dio. Os dois remanescentes da formação original suspeitavam que Dio estava usando o Sabbath para promover sua própria carreira solo. Iommi e Geezer chegaram a chamar o baixinho de “pequeno Hitler”... Dio foi embora e levou Vinnie consigo, deixando a dupla a ver navios.
LIVE EVIL (1982)
Lista de temas
CD 1
1. E5150
2. Neon Knights
3. N. I. B.
4. Children Of The Sea
5. Voodoo
6. Black Sabbath
7. War Pigs
8. Iron Man
CD 2
1. Mob Rules, The
2. Heaven And Hell
3. Sign Of The Southern Cross, The / Heaven And Hell (continued)
4. Paranoid
5. Children Of The Grave
6. Fluff
PASS: fender
A turnê de Mob Rules rendeu um dos álbuns ao vivo mais esquisitos de toda a história do rock/metal. A banda estava fragmentada, com acusações e xingamentos vindos de todos os lados. Na mesma época Ozzy lançou “Speak Of The Devil”, contendo apenas canções do Sabbath e Tony Iommi se sentiu no dever de revidar. Live Evil conta com canções como “Mob Rules”, “Heaven And Hell’” (versão longa com solo de Tony Iommi e tudo mais), “NIB”, “Black Sabbath”, “Paranoid” (terminada com o riff de “Heaven And Hell”), entre outras. Não é que soasse ruim, mas Dio nunca terá o carisma de Ozzy, não com as faixas gravadas originalmente pelo madman. A produção do álbum deixou o som do público quase sumido e os timbres estão muito mal arrumados. Reza a lenda que,na produção do disco, Dio interviu várias vezes junto ao produtor para aumentar seus vocais, sendo sempre diminuído, depois, pelos outros membros. Atritos incessantes, que culminaram na decisão de Iommi e geezer de grafar o nome de Dio no encarte como “Ronnie Dio”. Parece pouco, mas foi o bastante para mexer com os breus do vocalista que passou o resto do ano promovendo xingamentos homéricos na imprensa, sendo que a recíproca era a mesma. Live Evil é um bom disco ao vivo, mas longe de ser algo realmente representativo da banda no palco.
BORN AGAIN (1983)
Lista de temas
1. Trashed
2. Stonehenge
3. Disturbing The Priest
4. The Dark
5. Zero The Hero
6. Digital Bitch
7. Born Again
8. Hot Line
9. Keep It Warm
PASS: fender
Quem vivia naquela época se lembra que caminhar na rua com o vinil de Born Again embaixo do braço era sinal de “eu sou fodásso!!!”. O público queria muito ver a união de Gillan com o Sabbath. Mas, vamos contar como se deu esta “união”: novamente Iommi e Geezer estavam sem saber o que fazer e numa noitada de excessos, Iommi se encontrou com Ian Gillan, ex-vocalista do Deep Purple na época, batalhando pela sua carreira solo. Tomaram absolutamente todas... resultado? Iommi convidou o “Silver Voice” para entrar no Sabbath e este aceitou... Gillan relembra-se do episódio dizendo que na manhã seguinte estava com uma das maiores dores de cabeça de sua vida, sem lembrar de quase nada, quando o telefone de sua casa toca e é chamado para conferir as novas canções do Sabbath, foi quando se deu conta da grande asneira que fez. Gillan sempre deixou claro que sua passagem pelo Sabbath foi muito mais acidental do que premeditada, mas como bom inglês, manteve sua palavra e gravou “Born Again”. No primeiro dia de gravação, um amplificador de Tony Iommi queimou, mas a banda não se deu conta do ocorrido até o final das mixagens. Ninguém sabia mais o que fazer para melhorar o timbre da SG. Pessoalmente, eu acho o timbre de Iommi neste álbum irretocável, pesadão e rasgado ao mesmo tempo, pena que o restante não acompanhou tanto... Tudo saturado e a bateria com um som estranho. Bill Ward voltou à banda para gravar o disco, mas apesar de estar creditado a ele a bateria neste álbum, quem gravou foi Bev Bevan, do ELO. Lançado o álbum, destaques para “Trashed”, “Zero Te Hero”, a faixa título, “Disturbing The Priest” e “Digital Bitch”. Mas a banda na emplacou e os fãs simplesmente não agüentavam ver Gillan dando seus gritinhos em “Children Of The Grave”, “Paranoid” e nas demais canções clássicas da banda. O próprio Gillan se sentia muito mal por ter que cantar tais músicas e ainda ele simplesmente odiava a capa do disco e o encarte. Ainda, para os fãs mais preciosistas do Sabbath, ter que ouvir “Smoke On The Water” num show da banda era um sacrilégio, heresia. Num momento de desespero, a banda gravou dois vídeo clips, um para “Trashed” e outro para “Zero The Hero”, que foram muito mais comentados por serem “horríveis e quase cômicos” do que pela formação da banda. Gillan não agüentou e pulou fora na primeira menção da volta da formação clássica do Deep Purple, até aturar Blackmore ele estava dsiposto depois do fiasco com o Sabbath. Geezer Butler também não agüentou a pressão e pulou fora da banda. Os membros originais se reencontraram no Live Aid, em 1985. Segundo Ozzy, esta apresentação era para ter sido uma espécie de prenúncio de uma reunião, mas simplesmente não conseguia mais agüentar seus ex-companheiros no palco e fora dele. Ânimos exaltadíssimos, ataques de estrelismo e muita cana-braba foram os motes do dia da apresentação da banda.
SEVENTH STAR (1986)
Lista de temas
1. In For The Kill
2. No Stranger To Love
3. Turn To Stone
4. Sphinx (The Guardian)
5. Seveth Star
6. Danger Zone
7. Heart Like A Wheel
8. Angry Heart
9. In Memory…
PASS: fender
Considerar “Seventh Star” como um disco do Balck Sabbath chega a ser uma piada de muito mal gosto. O próprio Tony Iommi reclamou na época que era para ter sido um disco solo seu, mas a gravadora colocou lá na capa: “Black Sabbath Featuring Tony Iommi”. Quem está falando a verdade? Não se sabe, pois depois disto, Iommi manteve o nome e as formações instáveis até Headless Cross. Para os vocais, ele chamou Glenn Hughes, outro ex-membro do Deep Purple, que estava com seríssimos problemas com drogas na época, mas sempre manteve aquele voz maravilhosa, porém, para o Sabbath não funcionou. São poucas as gravações de shows da época, mas em todos se percebe uma espécie de “banda cover”. Sem falar que Hughes não se mantinha em pé, tendo desmaiado em vários shows. Ainda assim, algumas canções são bacaninhas “In For The Kill”, “Danger Zone” e a baba “No Stranger To Love” que só se salva porque Hughes é um vocalista esplêndido. Eric Singer fez as baterias, Dave Spitz e Gordon Copley os baixos e Geoff Nichols os teclados. Para completar a turnê, Iommi encontrou Tony “the cat” Martin... Desgraça pura: assista ao vídeo de “No Stranger To Love”, onde Tony leva um fora de uma baranga, se transforma num “cachorro” e fica vagando pela cidade “solitário e tristinho” com uma mecha branca nos cabelos e, pela única vez, tocando outra guitarra que não uma SG.
THE ETERNAL IDOL (1987)
Lista de temas
1. Shining, The
2. Ancient Warrior
3. Hard Life To Love
4. Glory Ride
5. Born To Lose
6. Nightmare
7. Scarlet Pimpernel
8. Lost Forever
9. Eternal Idol
PASS: fender
Tony Martin… Iommi achou o vocalista que manteria o posto por um bom tempo. Sua voz lembrava a de Dio e sua performance de palco era pequena o bastante para não roubar os holofotes de Tony, evitando assim brigas de egos comuns nas últimas formações da banda. “Eternal Idol” é um disco “nada de mais”. Algumas canções interessantes como “The Shining”, “Born To Lose” e “Lost Forever” e perdas de tempo violentíssimas em “Eternal Idol”, “Ancient Warrior” e “Glory Ride”. A banda continuava instável tendo Eric Singer nas baquetas, Bob Daisley (ex-Ozzy) e Dan Spitz no baixo, Geoff Nichols nos teclados e Bev Bevan na percussão. Depois de mais um fiasco de crítica e público, Iommi resolveu fechar o cerco.
HEADLESS CROSS (1989)
Lista de temas
1. Gates Of Hell
2. Headless Cross
3. Devil And Daughter
4. When Death Calls
5. Kill In The Spirit World
6. Call Of The Wild
7. Black Moon
8. Nightwing
PASS: fender
Ainda com Tony Martin e chamando para integrar de forma fixa o grande baterista Cozy Powell (Rainbow) e, no fim da turnê o baixista Neil Murray (ex-Whitesnake), Tony grava o melhor disco em muito tempo do Sabbath. Não que seja uma obra prima, mas anos luz à frente de Seventh Star e Eternal Idol. A faixa título tem aquele som de bateria típoco de Cozy, pesado e certeiro, com batidas sincopadas em alguns momentos. “Devil And Daughter”, “When Death Calls” e “Nightwing” vingam um pouco a falta de boas canções num disco de estúdio do Sabbath, mas ainda são insípidas o bastante para não se tornarem clássicos inesquecíveis. A turnê deste disco teve um pouco mais de sucesso que as anteriores. O problema é que o Sabbath há muito não soava mais como “Sabbath”. A influência de um metal melódica estava cada vez mais presente, talvez por causa da voz de Tony Martin, talvez pelos solos de Tony Iommi não serem mais os mesmos, com aquele feeling “blues”. Fato é que o pior ainda estava por vir.
TYR (1990)
Lista de temas
1. Anno-Mundi
2. Law Manor, The
3. Jerusalem
4. Sabbath Stones, The
5. Battle Of Tyr, The
6. Odin’s Court
7. Valhalla
8. Feels Good To Me
9. Heaven In Black
PASS: fender
Valhalla, fadas, gnomos, eras medievais, Odin... Iommi fez um disco quase “conceitual” sobre lendas nórdicas e achou aquilo o máximo... pena que ninguém mais concordou com ele. Tyr é mais um disco irregular de uma banda sem idéia do que estava fazendo. A formação era a mesma, mas as canções... quanta diferença... Headless Cross era um pouco mais orientado, mas agora a influência do metal estava descarada. “Heaven In Black”, “Jerusalem”, “The Law Maker”, “Anno Mundi”, “The Sabbath Stones” e “Valhalla” (com a letra “When the winds of Valhalla comes cold/Be sure that the blood will start to flow”) são a prova máxima da falta de direção da banda. Hard rocks, metal, coros épicos e grandiosos… acompanhados por vinhetas como “The Battle Of Tyr” e “Odin’s Court” que não dão charme algum para a fórmula adotada pelo conjunto. Em tempo, a banda fez mais um clip para a balada “Feels Good To Me”, a única música “não-medieval” do disco... clip digno do Bom Jovi se você me perguntar, pois é um casalzinho com problemas e o cara sai com sua moto “envenenada” pela cidade... ao menos neste Tony não é “galã” do clip...
DEHUMANIZER (1992)
Lista de temas
1. Computer God
2. After All (The Dead)
3. T.V. Crimes
4. Letters From Earth
5. Master Of Insanity
6. Time Machine
7. Sins Of The Father
8. Too Late
9. 1
10. Buried Alive
11. Time Machine – (Wayne’s World version)
PASS: fender
Após muuuito tempo, finalmente o Sabbath lança um disco digno de nota! Dio e Geezer voltam à banda e todos juram de pés juntos que todos os problemas foram esquecidos. Dehumanizer é um ótimo álbum, mostrando um Sabbath de volta a onde pararam em “Mob Rules”. Riffs poderosos, vocais em cima, baixão pesadíssimo e a bateria seca e eficiente de Vinnie Appice dão o clima. “Computer God” abre a bolacha muito bem, fazendo a cama para “After All (The Dead”, a clássica “Tv Crimes”, “Master of Insanity”, “Time Machine” e a “hendrixiana” “I”. Uma turnê mundial é agendada e pela primeira vez o Sabbath chega a terras brasileiras. Eu pude ir no show e conferir de perto o carisma e voz gigantes de Dio, Geezer agitando como se tivesse vinte anos de idade, Vinnie baixando a mão nas pobres peles de bateria e Tony fazendo chifrinho com as mãos e sorrindo para o público enquanto mandava clássicos que pela primeira vez puderam ser conferidos de perto pelos brasileiros. Porém... a lua-de-mel durou pouco... os mesmos problemas começaram a aparecer novamente, os egos em chamas e a vontade aparecer mais que os demais foram minando a boa vontade dos membros (que prometiam muito mais discos com esta formação). Até que tudo desembocou no “show de despedida” de Ozzy em Costa Mesa, EUA. O Sabbath foi convidado a tocar como banda de abertura para seu ex-membro e Tony e Geezer saíram correndo atrás do ex-vocalista, deixando Dio furioso. O baixinho não se conformava do “criador ter que abrir o show do monstro”, para ele não havia a mínima condição de suportar uma apresentação abrindo para o vocalista original da banda, quando o contrário é que deveria ter acontecido. Bem como, não suportou a idéia da formação original estar no palco novamente sem ter sido sequer consultado... conclusão: mais xingamentos públicos, mais desaforos na imprensa e Dio e Vinnie Appice saem da banda. O show de despedida de Ozzy contou com Rob Halford. E quando o Sabbath subiu ao palco com a formação original e tocaram “Black Sabbath” juntos. Mais juras de amor foram trocadas e a promessa aos fãs de um novo álbum de estúdio do Sabbath com a formação do Sabb foi anunciada... mas entrou água rapidamente... Ozzy foi o primeiro a sair na imprensa dizendo que “tudo era lindo e a amizade era maravilhosa. Não brigávamos mais. Somos senhores agora e não mais moleques. Acertamos tudo. Mas os advogados deles começaram e me ligar pedindo quantias astronômicas de dinheiro. Eles me apunhalaram pelas costas. São uns mesquinhos e aproveitadores... etc”, passando por “coitado-desiludido”. Tony foi à forra e disse que não gravaria com Ozzy, pois não queria que um novo trabalho do Sabbath fosse obra de caridade do ex-vocalista e muito menos uma cópia de seus discos solo... Enfim... fato é que o pessoal teve que agüentar mais um pouco para ver o Sabbath em sua formação original, enquanto isso Iommi continuava lançando álbuns pífios sob o nome Black Sabbath. Curiosidade: o “último” show de Ozzy só enganou quem queria ser enganado... fico pensando no sujeito que pagou cinqüenta doletas na época, para ver “o fim da carreira” do madman, e deu de cara com o telão gigantesco anunciando, após Ozzy ter dito mil vezes “god bless you” e “i love you all” e se despedido, a frase “I’LL BE BACK!!”...
CROSS PURPOSES (1994)
Lista de temas
1. I Witness
2. Cross Of Thorns
3. Psychophobia
4. Virtual Death
5. Immaculate Deception
6. Dying For Love
7. Back To Eden
8. Hand That Rocks The Cradle, The
9. Cardinal Sin
10. Evil Eye
PASS: fender
Depois de ver o “sonho” da volta da formação clássica ir pro brejo, os fãs tiveram que se contentar com Iommi e Geezer Butler novamente chafurdando com Tony “the cat” Martin em mais um disco desnecessário. O que se poderia esperar depois de “Dehumanizer” talvez fosse uma possível volta aos riffs e boas músicas. Mas Cross Purposes é mais um disco para “fazer número” na coleção Sabbáthica. Nem com a ajuda da batida concisa de Bobby Rondinelli fez o álbum ser bem recebido pelo público e crítica. A turnê deste disco contou em algumas datas com o Cathedral. Fruto da parceria, o Cathedral lançou “Carnival Bizarre”, onde Tony Iommi faz o solo da faixa “Utopian Blaster”. “I Witness” e “Virtual Death” são as duas músicas mais interessantes do disco, mas mesmo assim, muito aquém do que se poderia esperar do Black Sabbath.
FORBIDDEN (1995)
Lista de temas
1. Illusion Of Power, The
2. Get A Grip
3. Can’t Get Close Enough
4. Shaking Off The Chains
5. I Won’t Cry For You
6. Guilty As Hell
7. Sick And Tired
8. Rusty Angels
9. Forbidden
10. Kiss Of Death
PASS: fender
Geezer, inconformado com Cross Purposes, largou novamente a banda, por pouco tempo, mas largou... Neil Murray reassume o baixo e Cozy Powell grava as baterias. Mesma formação dos discos Headless Cross e Tyr. Tony chama Ernie C (Body Count) para produzir mais um disco do Sabbath... o resultado é quase risível. Forbidden, fora a faixa título, que é um interessante power metal, é um amontoado de canções que não vão para lugar algum. Ice-T participou na faixa “Illusion Of Power”, já imaginou o dueto “the cat” e Ice-T? Pois bem, não imagine, esta música parece um lado b de um disco do Body Count, e não do Sabbath. Mais turnês e Neil Murray e Cozy se mandam. O Sabbath foi convidado nesta época a participar do festival Philips Monsters Of Rock, em São Paulo. Tony trouxe para cá, além de “the cat” os “originais” Geezer e Bill Ward. Frenesi de público e na crítica especializada, com apenas um dia de ensaio, Bill Ward fez feio no show e cadenciou demais as músicas para ter o menor número de erros possíveis em sua execução. Pouco importa, pois ainda assim a banda inteira esteve beirando o ridículo em sua performance. Tony foi novamente chutado por Iommi e Geezer e Bill juraram em entrevistas que nunca mais trabalhariam sob o nome Black Sabbath. Ahan... a gente acredita...
CROSS PURPOSES LIVE (1995)
Lista de temas
1. Time Machine
2. Children of the Grave
3. I Witness
4. Into The Void
5. Black Sabbath
6. Neon Knights
7. Psychophobia
8. The Wizard
9. Cross Of Thorns
10. Heaven in Black
11. Symptom Of The Universe
12. Headless Cross
13. Paranoid
14. Iron Man
15. Sabbath Bloody Sabbath
PASS: fender
REUNION (1998)
Lista de temas
CD 1
1. War Pigs
2. Behind The Wall Of Sleep
3. N.I.B.
4. Fairies Wear Boots
5. Electric Funeral
6. Sweet Leaf
7. Spiral Architect
8. Into The Void
9. Snowblind
CD 2
1. Sabbath Bloody Sabbath
2. Orchid / Lord Of This World
3. Dirty Women
4. Black Sabbath
5. Iron Man
6. Children Of The Grave
7. Paranoid
8. Psycho Man – (Studio Track)
9. Selling My Soul – (Studio Track)
PASS: fender
Dois anos se passaram de “Forbidden”. Tony estava sem saber o que fazer e eis que seu “anjo da guarda” atua novamente e dá mais um gás ao Sabbath. A formação original do Sabbath anuncia turnê e disco com faixas inéditas. As primeiras apresentações da reunião ainda se deram com Mike Bordin (ex-Faith No More, Ozzy) na bateria, o que gerou certos aborrecimentos para Bill Ward. Ozzy e Tony, em algumas entrevistas, disseram que devido à sua performance no show do Brasil, o baterista não teria mais condições de tocar um show inteiro. Talvez envergonhados pela situação, Tony e Ozzy chamam o velho companheiro e gravam os dois primeiros shows com ele na bateria para o disco Reunion. Álbum duplo, com encarte de luxo e duas canções novas da formação original quase vinte anos após a separação. Muito se diz que as gravações foram refeitas em estúdio, usando pro-tools e toda a teconlogia moderna disponível, mas com esta “coletânea” fica difícil querer falar mal. Destaques para as não-arroz-de-festa “Behind The Wall Of Sleep”, “Spiral Architect”, “Fairies Wear Boots” e “Dirty women”. Jás as duas faixas inéditas “Psycho Man” e “Selling My Soul” são meio que dispensáveis. Não agregam em nada à carreira da banda e acabam parecendo faixas de lado b de algum single do Ozzy se não fosse pela SG de Iommi. Curiosidade, Geezer em uma entrevista deixou bem claro que a bateria de “Selling My Soul” foi gravada por Mr. Roland (bateria eletrônica) e que Bill Ward só teve conhecimento desta segunda canção quando o disco foi lançado comercialmente.
Após a turnê de Reunion, foi anunciado que a banda entraria em estúdio para gravar um disco novo com a formação original. O plano logo veio abaixo quando Ozzy desistiu por achar o material apresentado por seus companheiros “fraco e bobo”, enquanto os demais deixaram bem claro que não eram “a banda de apoio” de Ozzy e queriam seu envolvimento direto com a banda. Eles chegaram a tocar uma nova, chamada “Scary Dreams” num dos últimos shows. Você pode encontrar com relativa facilidade o mp3 desta versão nos Kazaa’s e Soulseek’s da vida. Nova separação e parece que agora sim o Sabbath encerrou atividades. Não há uma declaração oficial sobre o assunto, mas acredito que Iommi não quer voltar mais com seu monstrinho depois da turnê muito bem sucedida com a formação original.
Segue o baile... Iommi está em vias de gravar mais um disco solo, Geezer e Bill Ward estão por aí dando sopa e Ozzy... buenas, Ozzy é Ozzy, o que ele estará fazendo será sempre uma incógnita. A última notícia que se teve foi de sua saída da Epic Records, devido à demissão de sua filha Kelly do cast da mesma gravadora.
Independente da carreira inconstante do Sabbath, não há como não respeitar a banda. Mesmo em discos como “Tyr” e “Cross Purposes”, mesmo na briga entre fãs de Ozzy e de Dio e mesmo com turnês de reunião e marketing brutal, o Black Sabbath é e sempre será uma fonte inesgotável de influências para qualquer um que segurar uma guitarra e tocar rock com peso, seja qual for sua linha e estilo. São pouquíssimas as bandas que se pode realmente dizer que influenciaram a todos, mesmo que inconscientemente. Hooray for the Sabs!!!!
BLACK MASS (1999)
Essa material foi escrita em 2003. Pensei em editá-la retificando alguns pontos, mas optei por deixá-la como foi publicada originalmente, mesmo não concordando mais com algumas cosias que escrevi... a história é isso... heheheh
Atualmente o Black Sabbath encontra-se inativo. Mesmo os shows do Ozzfest cessaram. Em compensação, Iommi, Geezer, Vinnie Appice e Dio voltaram aos palcos tocando somente músicas da fase Dio do Sabbath. Por ainda existirem com o Ozzy, a banda preferiu se chamar HEAVEN AND HELL e lançaram recentemente um registro dessa turnê, chamado “Live From Radio City Music Hall” e três faixas inéditas na coletânea “Black Sabbath: The Dio Years”.
PAST LIVES (2002)
Lista de temas
CD 1
1. Tomorrow’s Dream
2. Sweet Leaf
3. Killing Yourself
4. Cornucopia
5. Snowblind
6. Children Of The Grave
7. War Pigs
8. Wicked World
9. Paranoid
CD 2
1. Hand Of Doom
2. Hole In The Sky
3. Symptom Of The Universe
4. Megalomania
5. Iron Man
6. Black Sabbath
7. NIB
8. Behind The Wall
9. Fairies Wear Boots
PASS: fender
GREATEST HITS 1970-1978 (2006)
LIVE AT HAMMERSMITH ODEON (2007)
Lista de temas
01.- E5150
02.- Neon Knights
03.- N.I.B.
04.- Children Of The Sea
05.- Country Girl
06.- Black Sabbath
07.- War Pigs
08.- Slipping Away
09.- Iron Man
10.- The Mob Rules
11.- Heaven And Hell
12.- Paranoid
13.- Voodoo
14.- Children Of The Grave
PASS: fender
GREATEST HITS (2009)
Lista de temas
1. Paranoid
2. Iron Man
3. Changes
4. Fairies Wear Boots
5. War Pigs
6. Never Say Die
7. Children Of The Grave
8. The Wizard
9. Snow Blind
10. Sweet Leaf
11. Evil Woman, Don’t Play Your Games With Me
12. Sabbath Bloody Sabbath
13. Black Sabbath
14. N.I.B.
PASS: fender
Live at Last-Remastered (2010)
Dados do CD
Nome do Álbum: Black Sabbath-Live at Last-Remastered
Gênero: Hard Rock
Qualidade: 192 Kbps
Ano de Lançamento: 2010
Tamanho: 87.20Mb
Formato: Zip | MP3
Músicas:
1. Tomorrow's Dream 3:04
2. Sweet Leaf 5:27
3. Killing Yourself to Live 5:29
4. Cornucopia 3:57
5. Snowblind 4:47
6. Children of the Grave 4:32
7. War Pigs 7:37
8. Wicked World 18:59
9. Paranoid 3:11
Heaven And Hell - The Devil You Know (2009)
Banda:Heaven And Hell
Album: The Devil You Know
Año: 2009
Género:Heavy/Doom Metal
País:UK
1. Atom & Evil
2. Fear
3. Bible Black
4. Double the Pain
5. Rock & Roll Angel
6. The Turn of the Screw
7. Eating the Cannibals
8. Follow the Tears
9. Neverwhere
10. Breaking Into Heaven
http://hotfile.com/dl/39791110/78a5754/Heaven.html
mirror:
http://ul.to/8gd93x
Tony e Glenn Hughes também juntaram forças novamente e lançaram "Fused".
Demais trabalhos dos principais membros do Sabbath:
OZZY OSBOURNE
Blizzard Of Ozz
Diary Of A Madman
Speak Of The Devil (Live)
Bark At The Moon
The Ultimate Sin
Tribute (Live)
No Rest For The Wicked
No More Tears
Live Loud
Ozzmosis
Down To Earth
Undercover
Black Rain
GEEZER BUTLER
GZR – PLASTIC PLANET
GZR – BLACK SCIENCE
BILL WARD
WARD ONE – ALONG THE WAY
WHEN THE BOUGHT BREAKS
TWO HANDS CLAPING
TONY IOMMI
IOMMI
FUSED
DIO (Carreira Solo)
HOLY DIVER
THE LAST IN LINE
SACRED HEART
DREAM EVIL
LOCK UP THE WOLVES
STRANGE HIGHWAYS
ANGRY MACHINES
INFERNO: LAST IN LIVE
MAGICA
KILLING THE DRAGON
MASTER OF THE MOON
EVIL OR DIVINE (live)
HOLY DIVER LIVE
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